Empresas nacionais devem apostar mais em Moçambique, defende PwC
As empresas portuguesas devem acelerar os seus investimentos em Moçambique como forma de diversificar mercados em relação a Angola. O conselho é da PricewaterhouseCoopers (PwC), que defende que Moçambique vai conhecer um «crescimento muito significativo», servindo de alternativa ao mercado angolano, de acordo com o jornal Oje, que cita a Lusa.
Segundo Manuel Lopes da Costa, consultor da PwC, «Moçambique vai ser dos países que vão crescer significativamente nos próximos três a cinco anos, em África». O especialista, que falava por ocasião da apresentação de um estudo sobre o potencial de negócio da África subsariana e lusófona, numa conferência da AIP – Associação Industrial Portuguesa -, que teve lugar no passado dia 29 de Maio, em Lisboa, defende que Moçambique pode vir a ser, a prazo, uma boa alternativa ao mercado angolano, actualmente o maior destino dos negócios portugueses no continente africano.
Moçambique vai ser dos países africanos com maior crescimento a curto prazo
Manuel Lopes da Costa defendeu ainda que «as empresas portuguesas preferiram transaccionar com Angola, mais do que com Moçambique, por causa do atraso ainda maior nas infra-estruturas moçambicanas e porque fariam negócios melhores e mais rapidamente, mas não podemos descurar Moçambique».
Para aquele especialista, Moçambique «vai ser importante para as empresas portuguesas diversificarem os investimentos, até porque há sempre riscos quando os investimentos estão concentrados no mesmo país». Manuel Lopes da Costa sustentou ainda que as empresas portuguesas devem ter uma maior presença, quer em Angola, quer em Moçambique, até porque, sublinhou, apenas 5% das importações de Moçambique são de produtos e serviços portugueses.
Energia, turismo, construção e pescas no topo das prioridades de investimento
Já no que se refere às áreas mais atractivas de investimentos naquele país, Lopes da Costa defendeu que será mais rentável para as empresas nacionais investirem em áreas como a agricultura, as pescas, a indústria extractiva, a construção, a energia, as infra-estruturas, a hotelaria e o turismo.
Já no que respeita às maiores barreiras ao investimento em Moçambique, o técnico da PwC aponta «a dificuldade na obtenção de crédito, o acesso limitado à electricidade e o atraso no início da exploração de blocos de GPL e reservas de carvão» como os mais significativos.
Lopes da Costa aproveitou a ocasião para fazer uma apresentação acerca dos principais indicadores da balança comercial entre Portugal e os mercados de Moçambique e de Angola. Recorde-se que Moçambique é um dos países africanos com maior crescimento anual.
Moçambique é hoje um mercado apetecível para as grandes multinacionais
As recentes descobertas de jazidas de gás natural no país fizeram com que se tornasse num mercado muito apetecível para o investimento estrangeiro. Como prova disso, muitas empresas multinacionais de vários países começaram a fazer investimentos em Moçambique, nas mais diversas áreas de actividade.
Refira-se ainda a propósito que os negócios portugueses no mercado angolano estão a abrandar, após um «boom» inicial que durou vários anos. Estes dois factores poderão contribuir para uma maior aposta das empresas nacionais no mercado moçambicano.
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Fonte: Jornal Oje/Lusa; Data: 29-05-2014
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