Economias emergentes estão em crescimento
Uma boa parte das economias emergentes tem perspectivas de crescimento positivas para o corrente ano. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o triângulo formado por América Latina, Europa e África (e no qual se situam estas regiões emergentes) tem previsões de crescimento de 1,1%, 3,3% e 5,5%, respectivamente. Aliás, de acordo com o FMI, até 2018, a importância das geografias do «triângulo» para o PIB mundial será de cerca de 25% do crescimento económico mundial.
Reforçando a importância deste «triângulo estratégico», a multinacional Accenture realizou, no ano passado, um estudo sobre as economias emergentes, que foi até actualizado muito recentemente, e no qual estão previstos bons níveis de crescimento para esta área do globo, antevendo-se, inclusive, que até 2017 as economias emergentes irão representar cerca de metade do crescimento do PIB Mundial.
De resto, segundo o MGI CompanyScope, com base numa nova base de dados para todas as empresas com receitas iguais ou superiores a mil milhões de dólares, há cerca de oito mil grandes empresas deste tipo em todo o mundo e três quartos estão sediadas em regiões desenvolvidas. Porém, está previsto que em 2025 deverão existir mais de sete mil firmas deste género, sendo que sete em cada dez terão sede em economias emergentes.
Portugal tem excelentes oportunidades de negócio junto de economias emergentes
Devido a estes factores, Paulo Neves, Presidente do Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina (IPDAL), acredita que Portugal será mais forte se solidificar a sua posição em África e na América Latina, contando com excelentes oportunidades de negócio nestes dois continentes: «O nosso país tem uma boa possibilidade de desenvolvimento tecnológico para as empresas africanas e da América Latina. A qualidade, formação e especialização dos nossos recursos humanos é valorizada internacionalmente e permite às empresas dos outros vértices do triângulo desenvolver as suas capacidades. Não podemos esquecer que a bacia do Atlântico reúne mais de dois mil milhões de habitantes que, juntos, formam uma pirâmide etária perfeitamente equilibrada, num total de mais de 20 economias emergentes e desenvolvidas. Esta região constitui um verdadeiro mar de oportunidades».
O Presidente da IPDAL considera ainda que falta potenciar a relação entre os países deste «triângulo estratégico»: «Os números das trocas comerciais ainda têm imensa margem para crescer, sobretudo quando comparados com os valores asiáticos. O mesmo é válido para o investimento. A União Europeia é o principal investidor externo na América Latina e o segundo parceiro comercial da região. Falta a visão triangular, mas cada vez mais países da América Latina estão a despertar para este potencial. Falta modernizar algumas estruturas produtivas dos emergentes, que permitam tornar estes mercados emissores não só de “commodities“, mas também de produtos industrializados, tecnologia e capital».
Fonte: Diário Económico, 29/04/2014
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