Transporte de líquidos a granel: vinhos
“Não transportamos vidro pelo mundo, transportamos vinho”, refere Richard Lloyd, director da Accolade Wines.
As novas possibilidades de transporte de líquidos a granel estão a transformar as redes logísticas dos sectores dos vinhos, concentrados de fruta, água e mesmo das tintas. Os seus efeitos, particularmente na área do transporte de vinho a granel, têm-se repercutido em toda a cadeia logística.
Primeiramente, o transporte de líquidos a granel permite poupar dinheiro. O Rabobank estimou que o transporte marítimo a granel permitiu poupanças na ordem dos USD 142. 300.000 em 2010 comparativamente aos embarques em 2001. Os custos inerentes ao transporte marítimo são baseados no volume, pelo que é do interesse do carregador maximizar a utilização do espaço disponível. Ora, cerca de um terço do espaço dos contentores é desperdiçado quando a carga é de vinho engarrafado. Tal deve-se ao facto de que um contentor de 20’ DV permite transportar cerca de 9.000 litros de vinho engarrafado, enquanto um flexitank pode conter até 24.000 litros e custa pouco mais. Acresce que um flexitank mantém o vinho mais fresco durante o transporte por via marítima, pelo que reduz igualmente os custos de refrigeração.
Uma outra vantagem do transporte de líquidos a granel é do domínio da protecção ambiental. A pegada ecológica do transporte marítimo é minimizada pelas enormes quantidades transportadas, sendo que a optimização do espaço do contentor através do uso de flexitanks contribui ainda mais para a redução das emissões de carbono.
O transporte dos líquidos a granel tem um inconveniente: a perda de postos de trabalho no local de origem da carga, uma vez que o vinho já não é engarrafado antes do embarque. Foi o caso da África do Sul, que desde 2011 passou a utilizar maioritariamente o transporte de vinho a granel. No Reino Unido 4 em cada 5 garrafas de vinho existentes no mercado foram transportadas a granel, enquanto nos E.U.A. o rácio é de 2 em cada 5. Além do mais, muitas marcas têm vindo a utilizar o transporte de líquidos a granel de modo a permanecerem competitivas no mercado global.
Espanha e Itália exportam mais vinho a granel do que qualquer outro produtor vitivinícola. O Chile é um dos mais entusiastas exportadores de vinho por essa via e obtém deste modo um ganho por litro mais elevado. Entre os três maiores importadores de vinho a granel estão o Reino Unido e a Alemanha, a que se segue (espantosamente) a França! De acordo com a OIV, o volume total do vinho transportado em todo o mundo a granel aumentou 61% entre 2005 e 2012 e representa mais de 40% do total das exportações de vinho.
Vários estudos científicos têm demonstrado que os flexitanks não alteram as propriedades organoléticas do vinho e que existem diversos benefícios reais – sobretudo económicos e ambientais – a ter em conta para a sua utilização.
(Texto adaptado c/ base em dois artigos publicados no Financial Times por Jancis Robinson)
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