Feira Internacional de Luanda (FILDA) 2014

A feira angolana FILDA tem mais área e número recorde de expositores

Segundo informações fornecidas por Francisco Coutinho, a Feira Internacional de Luanda (FILDA) deste ano, que decorre de 22 a 27 de Julho, é a maior em termos de área e de expositores presentes, contando-se a participação de 39 países.
O gestor do certame disse à Angop que, para atender a tão elevada procura, a organização teve de providenciar dois pavilhões adicionais com um total de oito mil metros quadrados, alargando o espaço da exposição para os 50 000 m2.

Esta edição da feira teve um crescimento de 40% em relação a 2012 e foi pensada como um espaço internacional de convergência social e de negócios, o qual visa projectar Angola para o futuro. A feira é subordinada à temática “Desafios da atracção de investimento – Estratégia, legislação, instituições, infra-estruturas e recursos humanos” e tem como objectivos a captação de capitais, a promoção do desenvolvimento dos sectores sustentáveis da economia. Por outro lado, quer contribuir para o estabelecimento de parcerias visando a criação de uma indústria transformadora que responda às necessidades de consumo.

Novos e velhos participantes

O Quénia e o Zimbabué fazem a sua estreia na FILDA na edição deste ano, sendo que este último comprou um espaço de 108 m2 destinado a dez empresas, o mesmo número de expositores do Quénia.

Já as empresas portuguesas representam 10 % dos expositores este ano, uma participação considerada como sendo “expressiva” e “muito importante” pelo director de Relações Institucionais da FIL – uma empresa angolana que anualmente realiza mais de uma dezena de feiras sectoriais e de negócios.
Segundo Salvador Cardoso, Portugal ocupa um pavilhão constituído apenas de empresas portuguesa, sendo que não há participação estrangeira igual a esta. O recinto tem 3 000 m2 e nele estão representados vários sectores da economia, desde a metalúrgica ao papel e aos vinhos, passando pelos equipamentos de protecção, bicicletas, novas tecnologias e produtos agro-pecuários.

“As empresas portuguesas, mais do que as dos outros países, conhecem muito bem o nosso mercado e já firmaram parcerias com vários empresários angolanos”, realçou o responsável, frisando que a FIL aponta o caso português como “exemplo” às restantes delegações estrangeiras. “Se eles participam com esse número de empresas é porque conseguem atingir os seus objectivos”, declarou.

A feira deste ano volta a ter um dia dedicado exclusivamente a Portugal, a saber, 24 de Julho, estando desde já confirmada a presença em Luanda do ministro da Economia português, António Pires de Lima.

O AICEP de Luanda aponta para Portugal como o principal fornecedor comercial de Angola em 2013, através de nove mil empresas exportadoras, volume que continua a aumentar. As exportações de bens atingiram os 3,1 mil milhões de euros e as de serviços chegaram aos 1,4 mil milhões de euros, num total de 4,5 mil milhões de euros em 2013, ao passo que as importações de Angola aumentaram 120% entre 2009 e 2013, para 2,63 mil milhões, segundo a mesma fonte.

Angola posiciona-se como um mercado estratégico para Portugal. Esta é a razão pela qual Paulo Portas tem comparecido consecutivamente neste certame, sendo que acompanhará de perto a delegação empresarial portuguesa, organizada pelo AICEP, a qual será representada pelo seu presidente, Miguel Frasquilho.

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Fonte: Jornal de Angola, 07/2014 (adaptado)